DÊMONTTY

A SEGUNDA DICA PARA O ENIGMA

Dêmontty. Esse foi o nome que deram a ele quando foi morar num orfanato. Dêmontty foi deixado na porta de tal orfanato com o seguinte bilhete que dizia: “ Nunca o desejei. E comigo sei que não será feliz. No mundo veio pela troca da minha alma. Agora que tenho tudo que quero e não existirá filho que me atrapalhe.”O menino cresceu, vivia sempre isolado de tudo e todos. Desde criança, Dêmontty carregava consigo uma forte energia estranha que com um olhar conseguia fazer o diabo correr. As únicas vezes que se podia ver o menino sorrir, era quando o circo aparecia na cidade. Aquilo o encantava de tal forma que um dia, ele fugiu atrás daquele belo circo. Perdido, aprendeu sozinho fazer malabares, mágicas e palhaçadas como no encantador circo que passava pela cidade. Isso tudo em troca de comida. Algum tempo depois, vivendo nas ruas e ganhando trocados como podia, encontrou o circo.Demmontty viveu anos e anos no circo e viajou por todo o mundo. Mas isso não significava que era feliz. Ele nunca foi feliz. Do mesmo jeito que era isolado no orfanato ele era isolado no circo. Um dia uma cigana foi entrou para o elenco do circo. Foi amor a primeira vista. Mas como nunca tinha sido amado e nunca amou não se aproximou da bela moça. Aquele sentimento o consumia a cada dia, a cada mês e a cada anos. Até que um dia, presenciou apresentador do circo e a cigana aos beijos atrás da lona. Dêmontty já acumulava uma certa raiva desse apresentador, como um ser daquele conseguia cativar o público? Todos os sentimentos possíveis em Dêmontty se misturaram que ele não sabia mais o que era raiva, ódio, amor. E para piorar as coisas, ele não conseguia mais manter seu trabalho no circo. Dêmontty era um dos palhaços do circo, e mesmo com uma bela roupa branca que vestia, não chamava ou encantava a platéia.O apresentador sempre arranjava uma desculpa para mantê-lo fora dos espetáculos por estar velho. Numa certa noite, encolhido no canto do seu trailer, onde só um feixe de luz iluminava seu rosto paralisado olhando para lua, começou a ouvir vozes. Burburinhos e gritos faziam com que ele se debatesse, e em meio aos seus pedidos de socorro, ele correu no meio da escuridão daquela noite.Dois dias seguidos os integrantes do circo, após os espetáculos, procuraram por Dêmontty. Nada em encontrá-lo. Então o sinistro circo partiu.Uma noite como a qual o Dêmontty havia sumido, o circo estava sendo desmontado para a próxima turnê. Um país chamado Hopi Hari. O apresentador estava desmontando uma das tendas quando sentiu uma forte energia que parecia com a de Dêmontty. Com Olhar espantado, procurou por algo em meio a escuridão. Sua queda de susto foi instantânea quando viu um ser vindo em sua direção. Sim, era Dêmontty. Ele estava completamente diferente. Sua respiração era mais forte, ele estava mais encurvado, seu braços eram o tempo todo abertos, seu andar era calculado, preciso e ao mesmo tempo leve. Seus olhos eram diferentes. Antes que pudesse gritar por ajuda, o apresentador teve sua boca tampada pela mão daquele ser.- Olá apresentador. Lembra de mim? AHHAHAHAHAHAH... Voltei. - Dêmontty. -Disse o apresentador tremendo de medo.- Exatamente, e agora vou fazer o show acontecer de verdade. HAHAHAHAHAHAHAHAHA... (gritando) Que comece o Show.-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! – O ultimo grito do apresentador ecou por toda aparte.Na manhã seguinte no país de Hopi Hari, hópios e hópias , acordaram com um enorme circo negro no meio da cidade de Wild West. Ninguém sabia explicar como aquilo tinha surgido mas o que mais chamava atenção além daquele enorme circo e o que dizia uma placa na entrada: “ Bem vindo ao circos do horrores. Entrem e vejam tudo aquilo que não há em nenhum circo de verdade. Entre e Viva.”